domingo, 11 de dezembro de 2016

Run Brasil Ride - A redenção do Correndo Juntos no Trail Running


Largada da ultramaratona. Foto: Run Brasil Ride
Botucatu, interior de São Paulo, região conhecida como Cuesta Paulista, possui região de vale, montanhas e bem no centro uma antiga estação ferroviária. No último final de semana (10/12), este local foi palco do Brasil Ride Ultra Trail, uma ultramaratona em trilhas que reuniu mais de mil e cem atletas de várias regiões do Brasil e até atletas internacionais.

O evento oferecia três percursos 70k, que podia ser disputado individual ou em duplas (revezamento), além dos 16k e 5k.  O percurso de 70k foi o mais intenso teve a largada às 6h (horário de Brasília). Nesta ultramaratona de corrida de montanha foram 2.256 metros de altimetria acumulada. Foram seis pontos de hidratação e três pontos de corte nos 16,5 km (3h de prova), nos 38,3 km (6,5 horas) e 57,5 km (12h de prova).

Uma noite antes da largada choveu bem na região e deixou o terreno bastante desafiador, a chuva voltou a cair bem na hora em que os competidores dos 16k largaram, o trajeto que já era difícil ficou ainda mais pesado e penoso!

Silvano Nascimento precisou de 5h45min para se consagrar bicampeão da Run Brasil Ride Ultra 70k solo. À tarde, o evento contou a ultra kids, e por volta das 15h foi à vez dos atletas dos 16k e meia-hora depois os competidores dos 5k.

Uma corrida de montanha que se você for desistir é preciso chegar ao fim!

A Run Brasil Ride marcou nossa primeira corrida fora do estado, esta prova também marcou a nossa redenção ao Trail Run! Pela superação que uma corrida deste nível exige do atleta, pelas amizades feitas e pelo companheirismo que existe durante o percurso.

Mas antes é preciso dizer que a ansiedade me contaminava a cada minuto que antecipava a largada dos 16 quilômetros. Na largada, a chuva que caiu forte só me deixava mais convicto que essa seria a corrida mais difícil da minha vida, e foi...  Até larguei bem e tentei manter um ritmo confortável num pacer de 6’15” e até 6’20”.

Nem o riacho logo após a largada me assustou, estava bem  e assim eu fui, nos primeiros quilômetros  o trajeto era em uma estrada de  terra, subidas, descidas, mata-burro, novamente um riacho e mais subidas. Do quilômetro quatro pra cinco, a corrida de montanha se apresentava em uma subida de pura lama que já estava muito pisoteada, isso pesou, mas até aqui estava cumprindo o meu propósito.

Mas ai meus amigos, veio à primeira montanha... Novamente uma subida com muita lama e uma fila interminável de corredores, foi ai que resolvi meter o modo loco baixei a cabeça e subi, pelo mato, espinho e morro acima! Aproveitei para ultrapassar outros atletas, até o quilômetro cinco e meio quando alcancei uma colega da K2 Running, comecei segui-la por subidas íngremes, quando olhei pro relógio já estava no quilômetro seis, e para minha surpresa já estava com 53minutos de prova.

Atletas no percurso dos 16km. Foto: Run Brasil Ride

Uma hora de corrida, eu ainda estava no quilômetro sete, a lama que grudava no solado deixava ainda mais pesado o percurso, uma hora sobe noutra desce, até que em uma das descidas desci como um caminhão carregado sem freio (risos), deslizando e escorregando.

Pela frente veio mais riacho e o cansaço começava a dar sinal, nisso eu passava pelo 9km, enfim, chegou a segunda montanha,  mais subida por trilhas de lama o psicológico e as horas já estavam jogando contra, mas era preciso terminar! Uma subida com muitas pedras e no final uma estrada de terra no alto da montanha era o último ponto de hidratação que já sinalizava o final do percurso, restavam apenas quatro quilômetros de descida.

Mas eu não tinha pernas... O tênis já estava encharcado, embarrado e pesava muito, o que me sobrou foi apenas a moral, foi nela que me agarrei para terminar os 15 quilômetros e 700 metros com 
2h31min10seg.

Cenário lindo da Cuesta Paulista. Foto: Run Brasil Ride


Nossa opinião

Uma corrida sem frescura, sem luxo, com toda segurança que era monitorada pelas motocicletas de cross que transitavam e observava os atletas, os staffs também estavam posicionados em pontos estratégicos.

É bom deixar claro que em corridas de montanha o atleta é autossuficiente, ou seja, é preciso levar sua mochila de hidratação, como a maior parte do percurso fica em locais afastados, no meio da natureza, em trilhas e montanhas, não existe estrutura de hidratação no meio do percurso. A justificativa pra isso é por conta da logística e principalmente para não denegrir o meio ambiente. 

Enfim, certos ou não, o fato é que a maioria das provas desse tipo não oferece hidratação durante o percurso. No percurso que fiz de 16k, existiam apenas dois sendo o primeiro nos 9 km e o segundo nos 12 km.

Encerramos nosso calendário de 2016 com uma corrida digna de um ano em que corremos e trabalhamos muitos para informar e incentivar vocês de que correr faz um bem imensurável.  Ao Brasil Ride fica nosso agradecimento por nos oferecer tudo isso e muito mais, em 2017 voltaremos!

Medalha Finisher. Foto:Israel Espíndola



domingo, 4 de dezembro de 2016

Beer Run - A corrida mais esperada de Campo Grande que celebra o esporte e amizade



Tornou-se tradição no primeiro domingo de dezembro a realização da Beer Run, que neste ano de 2016 comemorou sua terceira edição. Foram mais de trezentos inscritos entre atletas, assessorias, grupos de corridas e amantes do esporte que participaram dos oito quilômetros na tradicional Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (MS).

Uma festa que celebra a amizade entre as pessoas que acordam cedo todos os domingos para praticarem a corrida de rua, um esporte que cresce a cada corrida, um esporte tão individual, mas que consegue unir milhares de pessoas.

Muito bem organizado, sinalizado e respaldado pela Policia Militar, Agetran e Guarda Civil Municipal, além de uma ambulância.

A Beer Run é assim uma explosão de felicidade e endorfina, que ao final é comemorada com o tão esperado chope, mas claro também teve água, suco e frutas. Já que é festa a música ficou por conta da escola de samba Vila Carvalho, que recepcionou os atletas na reta final, ou melhor, na chegada dos atletas. Ainda teve a animação do grupo de pagode e dj.

Mas amizades à parte a corrida é competição e vamos aos resultados:

Resultado liberado pela Cardoso Sports

-Masculino
1º Abissai Cordeiro                    Tempo: 00:27:47seg;
2º Eneas Teodoro Gomes           Tempo: 00:28:49seg;
3º Valdeci Oliveira do Carmo    Tempo: 00:29:49seg.

Feminino
1ª Sussie Guibu                           Tempo: 00:35:57seg;
2ª Eliane Irala Ramos                  Tempo: 00:36:35seg;
3ª Lucinete Gerônimo da Silva   Tempo: 00:38:12seg.

Minha opinião

É uma festa lindíssima do esporte, mas não posso deixar de comentar aqui a atitude de algumas pessoas em que insistem em estragar o esporte, usam de trapaças para sair “vitoriosos”, hoje não foi diferente! Um homem resolveu cortar caminho e terminou a prova em terceiro colocado na geral masculino.

Vivemos em épocas que o povo esta cansado de ser lesado por políticos corruptos e mesmo assim ainda tem pessoas que insiste numa atitude como esta, VERGONHOSO!

Sobre o tênis 361° Zomi

A duas corridas venho me surpreendendo com este calçado, de uma estrutura ímpar, leveza e resposta imediata. O 361° Zomi é um calçado completo e o custo benefício é melhor ainda.
É muito cedo para ter uma conclusão sobre este calçado, mas é uma boa dica pra você que procura um tênis para rodagem.