Na mesma crescente de milhares de pessoas que optam por correr, pode se dizer que é o mesmo número de pessoas que deixam o mesmo esporte por lesões ou traumas. Mas, o número de atletas que irão aposentar antes do tempo assusta e se você não se cuidar a sua participação no esporte principalmente na corrida de rua, terá uma vida muito curta, pois as sequelas poderão lhe causar sérios problemas.
Estes números ninguém quer mencionar, porque vai contra os interesses de uma indústria que lucra muito, contra um sentimento e um pensamento de que todo corredor é um super-humano capaz de superar vários desafios, que um corredor é diferente de outras pessoas porque ele é capaz de acordar numa madrugada fria e sair para correr. Balela... Isso é marketing! As grandes marcas ganham muito em cima de você.
O que essa indústria quer é que você corra distâncias intermináveis!
Nem mesmo dentro das assessorias, grupos de corrida, academias este assunto é abordado, mas entre nós quantos quilômetros o seu corpo suporta?
É normal você se sentir encorajado ao assistir na TV ou a vídeos do Yotube, relatos e experiências de atletas vitoriosos que passaram à linha de chegada em uma maratona com tempo de 42,195m, ou, atletas de uma ultramaratona de 70, 80, 90 ou 100 km. Mas você já procurou um especialista para uma avaliação ao menos para saber o quanto você poderá correr?
Não sou aquele atleta que busca performance, sou amador mesmo, que gosta de conversar sobre corrida, que gosta do esporte como diversão e não como obrigação, mas de uns tempo pra cá comecei a notar um comportamento anormal nas pessoas que se dizem atletas.
Numa competição desleal e perigosa onde pessoas sem preparo nenhum estão se aventurando em grandes percursos pelo prazer de postar nas redes sociais o tal feito concluído. Outro assunto que virou moda em rodas de corredor é a pisada, o correto é procurar um ortopedista para avaliação, mas em tempos de internet, aventureiros aproveitam para corrigir seus “pacientes” sem nenhum conhecimento cientifico.
É muito comum ouvir que o correto é tocar o pé no chão na aterrissagem com a parte mais anterior do pé (médio pé), e não com o calcanhar. Depois desta consulta rápida por um “pseudomédico”, o praticante de corrida sai em busca da “pisada perfeita”, tentando adaptar a posição do seu pé, muitas vezes de forma inadequada, ou sentindo-se inseguro com a sua forma de correr, acreditando que algo pode estar errado.
Novamente nosso atleta esta em risco em obter mais lesões e complicações, e o que era pra ser um estilo de vida saudável irá se torna um problema de saúde.
Numa conversa com alguns profissionais de ortopedia e fisioterapeutas muitos deles chegaram à conclusão que a aterrissagem com o médio pé facilita as coisas, mas não têm se mostrado essencial. Ao invés de tentar controlar a posição do pé, o que muitos já devem ter percebido que não é das tarefas mais fáceis, a melhor estratégia é diminuir o tamanho da passada e aumentar um pouco a cadência (número de passos por minuto).
Lembre-se que a corrida é um esporte, a prática da corrida deve ser divertido e trazer o bem estar!
