sexta-feira, 31 de março de 2017

Profissionais de saúde vão oferecer II Curso de Corrida


Corredores, profissionais da Saúde e acadêmicos poderão aprender técnicas de corrida e conhecimentos sobre a respiração, o coração e o cérebro, no próximo dia 8 de abril, no Hotel Grand Park. Hábitos, que interferem diretamente no desempenho dos atletas, serão comentados por médicos (ortopedista e cardiologista), fisioterapeutas, educadores físicos e uma psicóloga durante o curso de cinco horas, das 8h às 13h
 

Para muitos adeptos, a corrida vira vício positivo. Passar um dia sequer sem calçar o tênis e treinar é uma tarefa difícil. Segundo o ortopedista Rodrigo Kancelskis Prado, após a atividade, o corredor sente a tal liberação hormonal que proporciona a sensação de prazer , melhorando o humor e a disposição. No entanto, essa sensação com exagero pode se tornar perigosa. “Em busca de recordes pessoais ou por falta de orientação, como fazer a pisada e a passada da corrida, muitos acabam se lesionando. Parar de correr é quase inevitável. Você orienta o corredor/paciente, mas ele não quer aceitar o repouso, mesmo mínimo”, comentou.
 

Diante de várias situações de corredores que se chatearam com as condições de tratamento e foram obrigados a se abster de correr por algum tempo e enfrentaram dores e sessões de fisioterapia e retornaram ao seu consultório com lamentações, o doutor Rodrigo decidiu convidar profissionais para comentar sobre métodos de prevenção contra lesões.
 

Pelo segundo ano consecutivo, Rodrigo Kancelskis Prado apresenta uma série de questões para um corredor encontrar o equilíbrio e manter-se na pista com bons resultados. “Nenhum corredor quer parar, porque além de tirar o seu prazer físico, é como eliminar um dos eixos organizadores de sua vida. Ele precisa aprender como correr saudável e sem excessos”, explicou.   
 

Além do aprendizado na postura, o corredor precisa respeitar os seus limites físicos e fazer com que a mente trabalhe a favor do seu desempenho. A psicóloga Rosângela Garcia vai falar sobre a ansiedade do corredor e como driblá-la. “Eles acham que são super heróis e precisam entender que, há comportamentos que o sabotam.

O meu objetivo é fazer com que compreendam que é preciso conhecer o seu corpo e identificar os seus pensamentos. O que faz as pessoas ultrapassarem os seus limites? O fato de você cuidar para não se machucar, não significa que é fraca. Na próxima, você pode avançar”, comentou.

Corrida segura
 

Os participantes do II Curso de Corrida terão orientações da cardiologista Emmanuella da Costa sobre a obrigatoriedade de uma avaliação médica para o exercício físico e como o conhecimento sobre a Freqüência Cardíaca (FC) pode garantir o seu sucesso na prova. “Seja ele um sedentário que está iniciando seu programa de condicionamento ou um corredor já regular ou um atleta com objetivos de performance e competição precisa de uma avaliação.

Uma vez que existem patologias silenciosas que acometem jovens assintomáticos, ou patologias que desenvolvem-se com o envelhecimento dependentes do estilo de vida.”
 

Alguns sintomas, segundo a médica, precisam ser observados. “Ao se exercitar ou pós exercício em alguma época na vida, como: tontura, dor no peito, falta de ar, chiado no peito, dor de cabeça, turvação visual e sudorese devem ser avaliados por um médico especialista.”
 

Corredores com mais de 35 anos, de acordo com a médica, devem ter ainda mais atenção. “História familiar de morte súbita abaixo de 55 anos para homens e menor de 65 anos para mulheres. Antecedentes de tabagismo, hipertensão, diabetes, dislipidemia, doença cardiovascular ou pulmonar conhecida.”
 

A corrida, segundo Emmanuella, não é mais contra-indicada em paciente com patologias cardiovasculares. “Porém o exercício físico tem dose a ser utilizado que é dependente de tipo de exercício +  intensidade + volume + freqüência e, após avaliação completa com médico”, explicou.
 

Um dos assuntos pouco falados entre os corredores será também alertado pela médica. “Tanto para iniciantes quanto para corredores experientes, o frequencímetro é uma ferramenta chave para melhorar o desempenho. Permite a gente se conhecer melhor durante os treinos leves e na competição, e, consequentemente, focar no treinamento específico, ajudando a superar as marcas pessoais”, comentou Emanuelle.
 

Há corredores que utilizam a porcentagem da FC máxima prevista. Para Emmanuella, não é o ideal. “Para isso é importante, quando se conhece a FC de treino e da corrida( prova). Essa FC ideal, seja para o treino longo, seja para o treino leve ou regenerativo ou treino run, pode ser descoberta através do exameda ergoespirometria ou teste cardiopulmonar. Muito importante conhecer a FC que não se deve ultrapassar durante as provas, uma vez que ultrapassando certos níveis de FC para aquele corredor podem a levar a 'quebra' em uma prova, impedindo que se ultrapasse a linha de chegada.”

Serviço: Evento será, no próximo dia 8 de abril, no Hotel Grand Park, na Avenida Afonso Pena. Inscrições pelo whatshapp 99242-3428. Inscrições também com Dr Rodrigo 992671918. Na Clinica Orthos, com Sandra, na terça pela manhã; quarta, quinta e sexta, à tarde.

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