Crônicas de corrida - Viva o Chile

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Rogério Medeiros no meio da multidão momento antes da largada. Foto arquivo pessoal.

O dia dois de abril de 2017, é uma daquelas datas que serão memoráveis para mim, me sinto um privilegiado em poder participar de uma meia maratona internacional, podem até falar, mas foi aqui na América do Sul. E para completar a tamanha satisfação pessoal foi em Santiago, que tem um significado especial, estou na terra de Pablo Neruda e de Gabriela Mistral.

Uma capital adorável e com um semblante e clima agradáveis e com um povo impressionantemente simpático e disposto a te ajudar. Parece que o chileno sente orgulho de mostrar seus lindos parques e seus inúmeros monumentos e chafarizes. Realmente o cuidado com esses pontos turísticos eu pude observar e conferir assinando embaixo. 

Mas quero te contar sobre a corrida, acordei às cinco horas da manha, fui tomar o café e percebi que estava numa verdadeira torre de babel, identifiquei pelo menos uns quatro idiomas diferentes. 

Estava frio pra nossos padrões sul-mato-grossense, em torno de 9ºC graus. Na rua ainda estava escuro, isso era por volta de 7 horas da manhã. A largada estava próximo do hotel,o Palácio la Moneda. 

Nas ruas um mar de pessoas.  A alegria de todos na rua era realmente de estar indo pra uma festa, ele chamam essa corrida da maior festa esportiva do Chile.

Já no percurso pude sentir o calor humano e o espírito patriótico do povo dali. Muitas pessoas nas ruas e em ruas de todos os tamanhos, crianças e idosos com bandeiras do Chile gritavam #avantechilenos #sisepoede #vamoschilenos #vamosticos.  Eu particularmente creio que o símbolo maior da pátria deve ser usado para coletividade é positivo.

Uma senhora no portão aplaudindo quem passava correndo, olhando com orgulho e um sorriso daqueles que nos da o gás pra baixar o pace. Eu mantive um ritmo confortável por todo percurso dos 21k da Maratona de Santiago e cheguei orgulhoso de mim e de meu desempenho, óbvio que poderia ser melhor, mas eu voltara de uma lesão nas costelas e meu treino pra essa grande prova foi comprometido.

O grande segredo esta na mente eu acho. A recepção do povo chileno e uma grande combinação de fatores me fez correr sem problemas. Eu fiquei sabendo de colegas que tiveram problemas com falta de medalha e fiquei muito triste por isso.

Pós corrida exibindo a bandeira do Brasil e medalhas. Foto Facebook

Eu achei a prova bem organizada e de rápida liberação dos atletas, catei minha medalha e um saco de uvas e fui andando para o hotel. Daí em diante foi apenas turismo e divertimento, gostei muito do Chile e mais ainda do povo que vive ali. Prazer enorme encontrar lá gente de vários grupos aqui do Mato do Grosso do Sul.  Valeu muito a pena!

Rodrigo Roehniss – Um dos principais especialista do país em calçado esportivo palestra em Campo Grande(MS).

O especialista falou sobre o universo do tênis em Campo Grande (MS). Foto Paulo Henrique

Quem é apaixonado por corrida de rua com certeza adora falar sobre tênis de corrida, para não falar bobagem sobre o calçado o maior especialista da atualidade esteve em Campo Grande (MS), onde ministrou uma palestra sobre o Universo do tênis.

Atendendo ao convite do amigo e triatleta Raphael Bittencourt, Rodrigo Roehniss palestrou neste sábado, 1º de abril, para atletas, esportistas e acadêmicos de Educação Física, todos muito atentos sobre as dicas, marcas e modelos de tênis. Num clima amistoso de confraternização o espaço Versalité, foi tomado pelos amantes da corrida de rua!

Quem abriu a palestra foi à médica Dra. Maria Helena , ortopedista, especialista em pé e nutrólogo esportiva. A médica falou sobre as lesões ocorridas em atletas que praticam modalidades esportivas de forma errada.

Ortopedista especialista em pé e nutróloga esportiva Dr. Maria Helena. Foto Paulo Henrique

No intervalo os atletas puderam trocar suas opiniões sobre o evento e saborear um cocktail reforçado para ficarem ligados na palestra do grande convidado, pois a expectativa e curiosidade sobre o que seria abordado era ainda maior.

RODRIGO ROEHNISS

O palestrante é graduado em Administração de Empresas com MBA em Gestão em Marketing Esportivo, especialista em tênis de corrida, presta serviço de consultoria sobre o universo de produtos de running e triathlon, além de trabalhar com atletas profissionais.

Rodrigo Roehniss abriu sua palestra falando de sua história e da sua fascinação pela corrida de rua. Na sequência ele falou sobre a história das grandes marcas e modelos de tênis, inclusive apresentou alguns modelos pouco conhecido entre os atletas campo-grandenses.

Curiosidades sobre quem são os grandes líderes de mercado também foram apresentadas durante a palestra, e os modelos de marcas famosas que não são indicados pra corrida foram apresentados.

O mercado dos calçados esportivos é muito agressivo e quem tem mais poder econômico sobrevive nesta guerra, marcas estrangeiras até vieram para o Brasil, mas por um erro de estratégia foram embora.

Outro ponto que marcou foi à falta de preparo dos lojistas em comercializar certos modelos, caso citado nos modelos da marca Newton. Outra questão apresentada pelo palestrante é a briga das marcas quanto à utilização dos modelos pelos atletas de desempenho tanto no running, quanto no triathlon.

Marcas estrangeiras e outra nacional produzida em Minas Gerais desconhecidas pelo público campo-grandense também chamou atenção, o universo do tênis é muito grande marcas que tão pouco conhecia foram apresentados.

Enfim, Rodrigo Roehniss, mostrou que é possível comprar um bom calçado de corrida por um preço baixo, basta pesquisar, ou seja, nem sempre o mais caro é o melhor calçado.

Todo mundo ganhou

Além do conhecimento compartilhado pelos palestrantes, os participantes foram presenteados através de sorteio com bonés, guia do tênis, cadarço elástico. E a cereja do bolo foi o sorteio de um par do Under Armour Speedform, entre aqueles que calçavam o número 43, isso mesmo, um “Speedform” foi sorteado!

Ao final, Rodrigo, atendeu a todos, esclarecendo duvidas, tirando fotos, enfim, essa visita colocou a capital sul-mato-grossense em destaque no cenário nacional das corridas de rua e trail.

A palestra foi uma iniciativa de Raphael Bittencourt Assessoria Esportiva, com apoio da loja Neo Esporte e Ortopedia.

Profissionais de saúde vão oferecer II Curso de Corrida

Corredores, profissionais da Saúde e acadêmicos poderão aprender técnicas de corrida e conhecimentos sobre a respiração, o coração e o cérebro, no próximo dia 8 de abril, no Hotel Grand Park. Hábitos, que interferem diretamente no desempenho dos atletas, serão comentados por médicos (ortopedista e cardiologista), fisioterapeutas, educadores físicos e uma psicóloga durante o curso de cinco horas, das 8h às 13h
 
Para muitos adeptos, a corrida vira vício positivo. Passar um dia sequer sem calçar o tênis e treinar é uma tarefa difícil. Segundo o ortopedista Rodrigo Kancelskis Prado, após a atividade, o corredor sente a tal liberação hormonal que proporciona a sensação de prazer , melhorando o humor e a disposição. No entanto, essa sensação com exagero pode se tornar perigosa. “Em busca de recordes pessoais ou por falta de orientação, como fazer a pisada e a passada da corrida, muitos acabam se lesionando. Parar de correr é quase inevitável. Você orienta o corredor/paciente, mas ele não quer aceitar o repouso, mesmo mínimo”, comentou.
 
Diante de várias situações de corredores que se chatearam com as condições de tratamento e foram obrigados a se abster de correr por algum tempo e enfrentaram dores e sessões de fisioterapia e retornaram ao seu consultório com lamentações, o doutor Rodrigo decidiu convidar profissionais para comentar sobre métodos de prevenção contra lesões.
 
Pelo segundo ano consecutivo, Rodrigo Kancelskis Prado apresenta uma série de questões para um corredor encontrar o equilíbrio e manter-se na pista com bons resultados. “Nenhum corredor quer parar, porque além de tirar o seu prazer físico, é como eliminar um dos eixos organizadores de sua vida. Ele precisa aprender como correr saudável e sem excessos”, explicou.   
 
Além do aprendizado na postura, o corredor precisa respeitar os seus limites físicos e fazer com que a mente trabalhe a favor do seu desempenho. A psicóloga Rosângela Garcia vai falar sobre a ansiedade do corredor e como driblá-la. “Eles acham que são super heróis e precisam entender que, há comportamentos que o sabotam.

O meu objetivo é fazer com que compreendam que é preciso conhecer o seu corpo e identificar os seus pensamentos. O que faz as pessoas ultrapassarem os seus limites? O fato de você cuidar para não se machucar, não significa que é fraca. Na próxima, você pode avançar”, comentou.

Corrida segura
 
Os participantes do II Curso de Corrida terão orientações da cardiologista Emmanuella da Costa sobre a obrigatoriedade de uma avaliação médica para o exercício físico e como o conhecimento sobre a Freqüência Cardíaca (FC) pode garantir o seu sucesso na prova. “Seja ele um sedentário que está iniciando seu programa de condicionamento ou um corredor já regular ou um atleta com objetivos de performance e competição precisa de uma avaliação.

Uma vez que existem patologias silenciosas que acometem jovens assintomáticos, ou patologias que desenvolvem-se com o envelhecimento dependentes do estilo de vida.”
 
Alguns sintomas, segundo a médica, precisam ser observados. “Ao se exercitar ou pós exercício em alguma época na vida, como: tontura, dor no peito, falta de ar, chiado no peito, dor de cabeça, turvação visual e sudorese devem ser avaliados por um médico especialista.”
 
Corredores com mais de 35 anos, de acordo com a médica, devem ter ainda mais atenção. “História familiar de morte súbita abaixo de 55 anos para homens e menor de 65 anos para mulheres. Antecedentes de tabagismo, hipertensão, diabetes, dislipidemia, doença cardiovascular ou pulmonar conhecida.”
 
A corrida, segundo Emmanuella, não é mais contra-indicada em paciente com patologias cardiovasculares. “Porém o exercício físico tem dose a ser utilizado que é dependente de tipo de exercício +  intensidade + volume + freqüência e, após avaliação completa com médico”, explicou.
 
Um dos assuntos pouco falados entre os corredores será também alertado pela médica. “Tanto para iniciantes quanto para corredores experientes, o frequencímetro é uma ferramenta chave para melhorar o desempenho. Permite a gente se conhecer melhor durante os treinos leves e na competição, e, consequentemente, focar no treinamento específico, ajudando a superar as marcas pessoais”, comentou Emanuelle.
 
Há corredores que utilizam a porcentagem da FC máxima prevista. Para Emmanuella, não é o ideal. “Para isso é importante, quando se conhece a FC de treino e da corrida( prova). Essa FC ideal, seja para o treino longo, seja para o treino leve ou regenerativo ou treino run, pode ser descoberta através do exameda ergoespirometria ou teste cardiopulmonar. Muito importante conhecer a FC que não se deve ultrapassar durante as provas, uma vez que ultrapassando certos níveis de FC para aquele corredor podem a levar a 'quebra' em uma prova, impedindo que se ultrapasse a linha de chegada.”

Serviço: Evento será, no próximo dia 8 de abril, no Hotel Grand Park, na Avenida Afonso Pena. Inscrições pelo whatshapp 99242-3428. Inscrições também com Dr Rodrigo 992671918. Na Clinica Orthos, com Sandra, na terça pela manhã; quarta, quinta e sexta, à tarde.

2º Cross Run de Rochedinho - Um trail autêntico.

A capital do MTB como é conhecida, o distrito de Rochedinho recebeu os atletas do trailrunning no domingo, 19 de março. 

Autêntico porque a corrida proporcionou aos atletas a verdadeira experiência de correr por estrada de chão batido, trilhas, travessia de riacho e muita lama.

Mais de 170 atletas participaram desta corrida que contou com único percurso, de oito quilômetros, os ganhos na altimetria somados não passou dos 300m, mas a quantidade de subidas deixou a corrida com nível forte e exigiu preparo dos corredores.

A lama e o sol forte é um pouco estranho né? Mas foi exatamente isso que encontramos em todo o percurso, um dia antes da corrida choveu muito na região e deixou grande parte do percurso com muita lama. No domingo, o astro rei apareceu com força e para amenizar o forte calor três pontos de hidratação foram montados.

Apesar de ser uma prova curta e rápida o 2º cross teve uma pegada diferente das corridas de rua, é uma prova onde os atletas amadores devem viver essa experiência, aproveitar este contato com a natureza. O cross é porta de entrada para as corridas de montanha, onde aventura é ainda mais desafiadora.

O atleta Maicon Dieferson precisou de 00:29:45seg para concluir a corrida em primeiro colocado, seguido por Aislan Felicio Miranda que terminou a prova com 00:31:49seg, o terceiro colocado foi Fabricio Gonçalves Gusmão com o tempo de 00:32:06seg.

No feminino o pódio ficou assim, Sussie Guibu foi a primeira colocada com o tempo de 00:39:02seg, seguida pela atleta Priscila Madruga Calza, com o tempo de 00:39:50seg, e completou o pódio atleta Marileide Coelho, que chegou em terceria colocada com o tempo de 00:40:14seg.

De volta as competições

Março sempre é complicado alinhar os treinos e as competições, pois é o mês que estou de férias, contudo como não sou de ferro eu mereço alguns dias de descanso e diversão.

O problema é que no retorno das férias tem também aqueles quilos a mais e o corpo está desacelerado.

Enfim, fui pra esta corrida com objetivo de terminar antes dos 54min, pacer bem alto e rodar tranquilo sem cobrar muito do corpo, pra minha surpresa terminei os 8k em 50min, excelente.

Agora é treinar, cuidar da alimentação por que as férias acabaram de volta a lida!

CORRIDA DE RUA- INÍCIO

Nestes três anos cobrindo jornalisticamente as corridas de rua e suas derivações noto que sempre há aquele indivíduo iniciante que busca o emagrecimento ou uma vida saudável.

E como todo iniciante chega cheio de vontade e convicto que está apto a encarar uma maratona, mas é ai que mora o perigo. O atleta iniciante precisa de algumas recomendações antes de sair correndo, uma consulta com o cardiologista é fundamental, depois um bom calçado esportivo e disciplina.

Outro cuidado são com as informações gratuitas na internet, planilhas, treinamentos lembre-se que você ainda é um novato e não tenham vergonha de serem, todos os atletas amador ou profissional já passaram por isso.

Pensando nos novatos que nós do Correndo Juntos consultamos o atleta e professor de Educação Física Eder Vaz para dar algumas dicas fundamentais nessa nova etapa da sua vida.

CJ-Eder o que você pode dizer para quem está começando?

Eder Vaz- Uma avaliação médica é fundamental depois é ter disposição e disciplina. Todo começo devemos fazer um treino de adaptação para começar de forma consciente e prazerosa, evitando experiências terríveis sem orientação e no dia seguinte ficando dolorido e já pensando em desistir de correr.

CJ- Alinhar uma sequencia de treinos com uma boa alimentação ajuda?

Eder Vaz- Com certeza, assim como avaliação médica, o acompanhamento da nutricionista alinhado com o profissional de educação física tudo isso facilitará o atleta alcançar seus objetivos de forma consciente e sem traumas.

CJ- Mas e meu desempenho?

Eder Vaz- É muito natural o iniciante querer desempenho rápido, por isso recomendamos que a pessoa não se cobre tanto neste inicio, uma boa caminhada, pequenos trotes até uma corrida leve irão preparar este atleta.   Para ter um melhor desempenho é muito importante, fazer uma sequência de treino com objetivos e metas que deverão ser buscadas diariamente.

CJ- Com qual frequência devo treinar

Eder Vaz- Para que a atividade física realmente proporcione resultado, o ideal é que na fase de inicial de adaptação  pratique entre 2 à 3 vezes por semana, independentemente se você faça treinos pela manhã (antes de ir trabalhar) ou à noite (depois do trabalho), reserve ao menos uma hora por dia para realizar seus treinos. Um exemplo de periodização semanal para treino de adaptação Segunda, Quarta e Sexta ou Terça e Quinta.

CJ- Existe alguns riscos?

Eder Vaz- Sim e é preciso tomar alguns cuidados, o  local do treinamento não é tão simples quanto parece, o terreno, a elevação, o tamanho, tudo isso influencia no seu treino. Neste período de adaptação, escolha um local que não tenha muitas subidas e descidas, lembre-se que é uma fase que a intensidade é leve e que você vai começar a aprender a correr. 

Nessa fase foque nos educativos de corrida e procure trabalhar sua respiração e fortalecer seu corpo para melhorar sua corrida e evitar lesões, e procure treinar longe do asfalto, e sempre respeite seu corpo e saiba seus limites.

CJ- O que devo comer antes de treinar, ou é melhor treinar em jejum?

Eder Vaz- A alimentação é muito importante e não devemos correr em jejum, a corrida é uma atividade aeróbica que consome muita energia, portanto, para evitar fraqueza, queda brusca da glicemia ou até queda de pressão, se alimente de forma adequada antes do treino. Uma dica útil é comer alimentos que contenha carboidrato de fácil digestão até duas horas antes. Hidratação é essencial, não deixe de beber água antes, e a cada 20 minutos e principalmente depois do treino, e lembre-se sempre de procurar um bom profissional.

                                                                                         

Atleta e Educador Físico Eder Vaz

CREF 5194 G/MS

Bons Treinos!

Crônicas de corridas- Matrimônio

Alessandra e Jean comemorando a conquista. Foto arquivo Facebook

Nestes três anos noticiando as corridas em que participo notei que essas provas são fontes inesgotáveis de histórias, pessoas comuns que ao participar das corridas acabam sendo personagens incríveis de um conto que passavam despercebidas e ficavam no anonimato.

Ficavam... Pois, nesta primeira crônica vou contar uma bela história de um matrimônio.

No sábado, 18 de fevereiro de 2017, durante a Rota das Estações- Verão etapa Campo Grande, numa corrida noturna com percurso todo plano, aquelas provas em que os atletas aproveitam para quebrar seus próprios recordes. Mas, no quilômetro oito fui testemunha de algo muito mais grandioso do que um tempo a ser derrubado.

De longe avistei um casal numa passada devagar, mas constante, notei também que eles eram quase os últimos e vinham respeitando os limites do corpo, firmes e fortes os dois superavam cada quilômetro, um era o suporte do outro, não existia sexo forte ou frágil, era uma explosão de  sentimentos, um turbilhão deles,  companheirismo, amizade, confiança, superação, dedicação, mas o principal deles era explicito: o respeito um pelo outro.

Pois bem, são eles: Jean Paulo e Alessandra Maciel, casados, tem três filhos, trabalham tem seus problemas familiares e participam de um grupo de corrida da capital e ambos não são atletas profissionais, como disse são pessoas comuns, pessoas que deixou o sofá de casa para ter uma vida mais saudável.

Naquele sábado os dois resolveram correr os 10k  na Rota das Estações juntos, cada um deu suporte ao outro, na passada e na cadência, na subida e na descida, na dor e na vitória quando juntos cruzaram a linha de chegada.

Enfim a corrida sacramentou os dois como marido e mulher!

“Um casamento perfeito são duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir um do outro!”

Foto do aplicativo de corrida. Foto divulgação 

Corrida das Estações- Verão etapa Campo Grande

Uma mega estrutura foi montada para receber atletas e familiares. Foto Isabela Silveira

A balada do último sábado, dia 18 de fevereiro, foi nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (MS), na Corrida Rota das Estações - Verão etapa Campo Grande. 

São quatro etapas  da corrida  que é  realização da TV MS Record, que irão ocorrer no Estado. 

Em todas elas a organização é da A4 Sports, que surpreendeu à todos com uma mega estrutura em tendas e pórtico em led.

A corrida teve a largada às 20h, com 1.300 inscritos para os percursos de 5km e 10km, em clima ameno e uma energia contagiante iniciada pela Bateria de Escola de Samba Igrejinha, seguida pelo som da DJ Bruna.

Momentos antes da corrida a Escola de Samba Igrejinha animou os atletas no alto do pórtico Dj Bruna. Foto Isabela Silveira

O trajeto, saindo da cidade do Natal na Avenida Afonso Pena, sentido Parque dos Poderes, até a rotatória da Avenida Mato Grosso, é bastante conhecido pelos atletas da cidade, sendo quase que 90% plano, sem muitas subidas ou dificuldades.

Como de praxe, haviam pontos de água a cada 2,5km, mas pude observar dois pontos "negativos" durante o percurso. Haviam vários pontos escuros no trajeto que foram iluminados por tochas, mas já na volta. A mesma volta seguida de algumas colisões entre os atletas de elite dos 5km, e demais competidores, que vinham pelos dois lados da pista, pois não havia sinalização ou apoio.

O nível da competição foi bastante elevado, pois a prova atraiu atletas de várias cidades do estado e também de fora. Na chegada as disputadas foram acirradas e vários atletas bateram record pessoal. 

Os 3 primeiros colocados dos 5km e 10km ganharam prêmio em dinheiro, além do troféu. As categorias foram de 10 em 10 anos, e todos os atletas tiveram a oportunidade de participar do sorteio de uma moto. 

Troféus aos campeões e a motocicleta que foi sorteada entre os competidores. Foto Isabela Silveira

 As próximas etapas de Outono, Inverno e Primavera, serão realizadas, respectivamente, nas cidades de Dourados, Bonito e Corumbá. As 4 medalhas de participação juntas formam o desenho do mapa do Estado.

Matéria escrita por:

 Isabela Silveira é bacharel em direito por formação,

se aventurando no marketing por obrigação, escritora por amor e 

corredora amadora por paixão.

12ª Edição do Day Run- A corrida da Paz reúne centenas de pessoas em Campo Grande

“A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor”
(Hino do Exército)

A “Corrida/Caminhada da Paz – CISM Day Run” consiste na organização de uma jornada esportiva, sem fins competitivos e tem como objetivo promover a prática esportiva e a interação entre as Forças Armadas e a sociedade civil, e assim, contribuir com a paz mundial, especialmente pelo fato do evento ocorrer em diversos países. É intenção do Conselho Internacional do Esporte Militar-CISM, promover a participação de um maior número de militares e civis ao redor do mundo a cada ano de realização do evento.

Tropas do Exército correram juntos com a comunidade civil. Foto Israel Espíndola

Em Campo Grande (MS), a 12ª Edição do Day Run foi realizada no último domingo (19), pelo Comando Militar do Oeste, de acordo com a organização o evento teve a participação de aproximadamente mil e duzentas pessoas entre atletas, civis e militares. Desta vez o evento proporcionou aos participantes três modalidades esportivas: corrida, caminhada e um passeio ciclístico.

A largada foi dada às 9h da manhã, a corrida teve apenas um percurso de cinco quilômetros, a caminhada e o passeio ciclístico foram de três quilômetros dentro do parque das Nações, a corrida saiu pela Avenida Afonso Pena, subindo a Rua Antônio Maria Coelho e retornando novamente ao parque.

O evento aberto a população teve a doação de alimentos não perecíveis como inscrição simbólicas daqueles que participaram das provas e serão repassados para instituições carentes da capital.

Ao final da prova foram entregues aos seiscentos atletas uma medalha de participação, medalha esta que tem uma simbologia muito forte, pois vivemos em um país pacifico, mas se um dia a pátria amada for ultrajada, lutaremos sem temor.

Promover a Paz Correndo

No sábado (18) à noite corremos 10k na Rota das Estações em menos de oito horas já estava pronto para encarar os cinco quilômetros.


Como reservista da gloriosa arma de Cavalaria, me senti na obrigação de participar deste evento principalmente porque é o esporte que amamos, pois promove e valoriza a Paz.

Jurei morrer pelo meu país.

Se ainda não entendeu o significado desta corrida, veja os países que estão em conflitos onde crianças, mulheres e pessoas comuns estão sendo exterminadas.

Por isso devemos celebrar a Paz, o hino do Exército no início do texto remete exatamente o sentimento de um reservista que jurou amor por esta nação. Para que haja a Paz temos sim em nossa nação o braço mais forte, Exército Brasileiro!

Seu corpo esta preparado pra suportar quantos quilômetros?

Na mesma crescente de milhares de pessoas que optam por correr, pode se dizer que é o mesmo número de pessoas que deixam o mesmo esporte por lesões ou traumas. Mas, o número de atletas que irão aposentar antes do tempo assusta e se você não se cuidar a sua participação no esporte principalmente na corrida de rua, terá uma vida muito curta, pois as sequelas poderão lhe causar sérios problemas.

Estes números ninguém quer mencionar, porque vai contra os interesses de uma indústria que lucra muito, contra um sentimento e um pensamento de que todo corredor é um super-humano capaz de superar vários desafios, que um corredor é diferente de outras pessoas porque ele é capaz de acordar numa madrugada fria e sair para correr. Balela... Isso é marketing! As grandes marcas ganham muito em cima de você.

O que essa indústria quer é que você corra distâncias intermináveis!

Nem mesmo dentro das assessorias, grupos de corrida, academias este assunto é abordado, mas entre nós quantos quilômetros o seu corpo suporta?

É normal você se sentir encorajado ao assistir na TV ou a vídeos do Yotube, relatos e experiências de atletas vitoriosos que passaram à linha de chegada em uma maratona com tempo de 42,195m, ou, atletas de uma ultramaratona de 70, 80, 90 ou 100 km. Mas você já procurou um especialista para uma avaliação ao menos para saber o quanto você poderá correr?

Não sou aquele atleta que busca performance, sou amador mesmo, que gosta de conversar sobre corrida, que gosta do esporte como diversão e não como obrigação, mas de uns tempo pra cá comecei a notar um comportamento anormal nas pessoas que se dizem atletas.

Numa competição desleal e perigosa onde pessoas sem preparo nenhum estão se aventurando em grandes percursos pelo prazer de postar nas redes sociais o tal feito concluído. Outro assunto que virou moda em rodas de corredor é a pisada, o correto é procurar um ortopedista para avaliação, mas em tempos de internet, aventureiros aproveitam para corrigir seus “pacientes” sem nenhum conhecimento cientifico.

É muito comum ouvir que o correto é tocar o pé no chão na aterrissagem com a parte mais anterior do pé (médio pé), e não com o calcanhar. Depois desta consulta rápida por um “pseudomédico”, o praticante de corrida sai em busca da “pisada perfeita”, tentando adaptar a posição do seu pé, muitas vezes de forma inadequada, ou sentindo-se inseguro com a sua forma de correr, acreditando que algo pode estar errado.

Novamente nosso atleta esta em risco em obter mais lesões e complicações, e o que era pra ser um estilo de vida saudável irá se torna um problema de saúde.

Numa conversa com alguns profissionais de ortopedia e fisioterapeutas muitos deles chegaram à conclusão que a aterrissagem com o médio pé facilita as coisas, mas não têm se mostrado essencial. Ao invés de tentar controlar a posição do pé, o que muitos já devem ter percebido que não é das tarefas mais fáceis, a melhor estratégia é diminuir o tamanho da passada e aumentar um pouco a cadência (número de passos por minuto).

Lembre-se que a corrida é um esporte, a prática da corrida deve ser divertido e trazer o bem estar!